Outro dia encontrei a divulgação deste Seminário em uma das tantas listas de e-mail que fazemos parte. Achei curioso o tal do “franco brasileiro”, nome intrigante, mas depois descobri que a atividade faz parte do pós-doc da Profa. Sônia Bergamasco, e o sobrenome completo do tal é “Diálogos Contemporâneos acerca da Questão Agrária e Agricultura Familiar no Brasil e na França”: claro, fui lá me inscrever.

Aqui neste link é possível ver mais informações sobre o programa, os painéis que vão rolar e o e-mail para inscrição via web-conferência. Mas o que eu queria mesmo era compartilhar outra coisa, um texto que fala mais sobre a pesquisa de mestrado que estou fazendo – a cada oportunidade de escrever um “sobre” outras camadas expressam-se, ou novas formas de expô-las, pelo menos. A pedido do sistema do seminário (na verdade de um dos professores coordenadores), a primeira coisa a ser feita era atualizar o “perfil do inscrito” – além de acrescentar minha foto-chavão de internet (uma que sou eu verde), redigi uma descrição do que estudo. Foi ali que saiu este texto que compartilho com vocês, pra ajudar a compreender um pouco mais dos meandros do projeto “Bem-te-vis…”:

Sou aluno no Mestrado em Divulgação Científica e Cultural, no Labjor/IEL – Unicamp. A partir de minha experiência com trabalhos e projetos em Agroecologia em alguns Assentamentos Rurais da região de Campinas, tenho estudado como a produção de imagens (audiovisuais) pode gerar narrativas e sentidos que deem visibilidade à agricultura camponesa; como a produção imagética pode impactar politicamente o jogo de significados socialmente partilhados em torno do que pensamos ser cultura e ideologia. A pesquisa lança olhares para a força política que emana a terra que persiste camponesa, analisando as representações que circulam no embate com o agronegócio – o território disputado é tão material quanto imaterial: fatos distintos cada qual na produção de seu fruto, produto agrícola, mas também o é os signos e códigos, por vezes próprios, linguagens ímpares que o idioma corrente, acadêmico ou popular, mostra imiscíveis capital e soberania, commodities e segurança alimentar, monocultura e resiliência, latifúndio e dignidade humana.


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